Monotasking é o novo multitasking
Multitasking deve ser o conceito mais usado desde que me conheço tanto nos tempos de estudante, quanto no meu atual ambiente profissional. Apesar de ter nascido em 1974, eu sinto que fui dos primeiros da Geração Y. Fui ver na wikipédia a definição:
A Geração Y, também chamada geração do milênio ou geração da Internet, é um conceito em Sociologia que se refere, segundo alguns autores, como Don Tapscott, à corte dos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z.
Nota que esta Geração é formada por pessoas que se intitulam multi-tarefas e com muito orgulho fazem disso um elogio. Assim fui ensinado a pensar, tal como provavelmente tu, mas a ciência e os resultados atuais mostram-nos o contrário.
Provavelmente já provaste o sabor amargo das tarefas inacabadas e sentiste ao final do dia que precisavas de mais outras 24h, não é verdade? Pois bem, eu também já senti isso diariamente, ou não fosse filho deste mundo. Esse sintoma é um dos resultados do poder destruidor do multitasking.
Para entenderes melhor do que quero falar, o The New York Times publicou o seguinte artigo:
- Read This Story Without Distraction (Can You?) - Ele é extenso, por isso aconselho-te a leres os primeiros 6 parágrafos e os 4 últimos para já. Podes fazê-lo agora, ou depois de leres o meu artigo. Fica ao teu critério.
Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, as pessoas trocam de tarefas cerca de 400 vezes por dia, por isso é que se sentem tão cansadas antes de ir dormir. Qualquer semelhança com este estudo e como vais estar hoje à noite, é pura coincidência. Mas coincidência ou não, uma coisa já conseguimos concluir: todos nós temos uma rede neuronal com uma determinada capacidade e a melhor forma de a esgotar rapidamente é o multitasking. Nunca o termo morte cerebral passou a fazer tanto sentido quando o dia chega ao fim!
Um estudo da Microsoft, em 2007, demonstrou que os funcionários da empresa que perdiam o foco com alguma mensagem ou email, levavam em média 10 minutos para lidar com a situação e mais 10 ou 15 minutos para conseguirem voltar ao foco da tarefa original. Ou seja, praticamente 30 minutos perdidos por distração!
Está mais que provado que a solução é recuperar o monotasking. Vai ser fácil? NÃO!!!!!!!! Tudo o que sejam novos hábitos necessitam de treino e muita paciência. Muito mais quando são hábitos enraizados numa geração. Mas é possível mudar? SIM!!!!!!!! Como? Aqui vão os 3 primeiros passos que te irão fazer mudar gradualmente:
- esquiva-te da tentação
- é o momento para começares a desapegar-te do smartphone e quem sabe só veres mensagens, emails e redes sociais 3 vezes por dia (exceto se trabalhas com as redes sociais);
- planeia o teu dia
- na noite anterior, clarifica como vai ser o dia seguinte. Enumera 3 tarefas que sejam realmente importantes;
- treina meditação
- tenho falado desta técnica em quase todos os PDFs que estão disponíveis no blog, pois ela é das minhas preferidas e uma das que nos traz resultados mais rápidos. Relembro-te, meditar é não pensar.
No meu artigo 10 práticas que te vão deixar mais inteligente, vais encontrar mais sugestões valiosas. Vale sempre a pena guardar e reler regularmente os textos que nos transformam para melhor.
O monotasking será o novo multitasking se começarem a haver cada vez mais pessoas a tomarem conhecimento do problema.
Agora tenho uma boa notícia para ti (espero eu): acabei de gravar o primeiro video para o nosso blog com informação VIP. Partilhei nele mais 3 conceitos e técnicas que vão diminuir o efeito destruidor do multitasking.
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