DeROSE Cirilo

View Original

Como aprender a gerir conflitos para Viver Em Alta Performance

É normal haver divergências nos relacionamentos interpessoais mas é preciso saber geri-los para conseguires Viver em Alta Performance.

Pode-se definir conflito como uma tensão que envolve pessoas ou grupos quando existem tendências ou interesses incompatíveis. A gestão dos conflitos é um tema complexo, quando duas pessoas, ou mais, entram em disputa assumindo posições individuais antagónicas.

O conflito ocorre em relações próximas e/ou interdependentes em que existe um estado de insatisfação entre as partes.

A insatisfação pode ter várias origens:

  • divergência de interesses,
  • competição pelo poder,
  • incompatibilidade de objectivos,
  • partilha de recursos escassos,
  • desacordo de pontos de vista

A situação de conflito pode assumir o carácter de conflito intrapessoal (conflito interno), conflito interpessoal (conflito entre pessoas) e conflito intergrupal (conflito entre grupos).


Os 3 tipos de conflitos existentes

Conflitos Intrapessoais

Cada um de nós vive quando está perante motivações que são incompatíveis numa perspectiva positiva. A vivência de conflitos marca crises que se manifestem em angústia e confusão, porque pomos em causa a forma como vemos e como estamos no mundo, pomo-nos mesmo em causa.

O conflito intrapessoal é a situação na qual há pelo menos duas necessidades simultâneas em que a satisfação da primeira implica a insatisfação da segunda, impelindo a acção da pessoa para direcções diferentes, acarretando desconforto.

Conflitos Intergrupais

Os conflitos Intergrupal têm sido encarados de forma diferente. Conflito intergrupal é um conflito entre as pessoas que compõem um grupo. Considera-se que os conflitos têm aspectos negativos porque correspondem a períodos de tensão e de insatisfação das pessoas e dos grupos e têm aspectos positivos porque o confronto é gerador de mudança, que é o fundamento da evolução e do desenvolvimento social.

Conflitos Interpessoais

O conflito interpessoal é a situação na qual duas ou mais pessoas divergem na percepção, proposta de acção sobre algum ponto em comum.

O conflito interpessoal pressupõe a tentativa de defesa dos seus interesses e da sua opinião e em oposição provar á outra parte que está errada. Muitas vezes as pessoas recorrem a troca de insultos, tentam responsabilizar o outro, humilhações, etc. Este tipo de comportamento desencadeia um plano emocional negativo e leva as partes á acções extremas.

No âmbito de um conflito torna-se difícil lidar com as suas emoções. Muitos indivíduos, mesmo após o conflito, continuam durante um prolongado período de tempo a sentir emoções negativas.

O conflito interpessoal é resultado de ausência de concordância no sistema de interacção entre as pessoas. Começam a surgir pontos de vista, interesses, opiniões diferentes em relação aos mesmos problemas que naquela etapa de relacionamento representa um perigo para a interacção saudável.


3 estratégias diferentes de lidar com os conflitos interpessoais

Os conflitos, quer queiramos quer não, fazem parte do nosso dia-a-dia e, por isso mesmo, é importante que aprendamos a lidar com eles. Segundo Blake e Mouton (1964), podemos classificar as estratégias para tratar um conflito em três categorias distintas:

Podemos evitá-lo

Em geral, as pessoas têm tendência para evitar os conflitos e tudo o que seja potencialmente conflituoso na esperança que essa situação desapareça. No entanto, esta atitude, pode muitas vezes não ser a mais correcta já que implica uma certa submissão e pode conduzir a um sentimento de frustração.

Existem várias maneiras de evitar o conflito:

  • Suprimi-lo, ou seja, abandonando as situações de conflito. (ex: deixando o seu emprego, deixando-se dormir, fugindo de casa.)
  • Refugiar-se no trabalho, como meio para fugir a uma situação embaraçosa. Acomodar-se, afirmando que está tudo bem.
  • Mudar de assunto, sempre que o conflito é focado.
  • Nada levar a sério e utilizar a farsa, distraindo os outros, quando algo indica que se aproxima a situação de conflito.

Podemos desactivá-lo

As estratégias de desactivação utilizam-se quando uma pessoa implicada no conflito decide parar ou suspender o conflito para que «as coisas» se acalmem. Esta estratégia não é mais do que uma forma de ganhar tempo.

As pessoas tentam encontrar alguns acordos nos pontos menores do conflito, evitando os problemas de fundo, muitas vezes, para obter mais informações e ter uma oportunidade de ver as coisas numa outra perspectiva.

Podemos enfrentá-lo

De acordo com o resultado obtido, as estratégias que permitem enfrentar o conflito podem ser agrupadas em três categorias:

a) Estratégia GANHAR-PERDER

Este tipo de estratégia tem como fundamento uma relação, em que uma das partes, sendo mais forte do que a outra, exerce a sua autoridade para remover o conflito. Infelizmente, esta é uma das estratégias mais comuns.

O grupo, em situação de inferioridade, aceita as condições do outro grupo porque este é mais forte e poderoso. Torna-se claro que esta estratégia utiliza abusivamente a autoridade. «Eu sou o patrão» é uma argumentação muito comum neste tipo de abordagem.

Contudo, a longo prazo, esta técnica de resolução do conflito enfraquece a autoridade. Progressivamente, e nas mais variadas situações, a parte que detém o poder deve ganhar consciência de que deve explicar os seus pontos de vista e ajustá-los à outra parte.

Esta estratégia demarca bem a existência de duas partes ou de dois grupos de conflito, em que cada uma investe as suas energias contra o outro; recorre-se muito aos ataques pessoais. É a técnica mais comum nas situações de director-empregado, professor-aluno, pai-filho.

Em qualquer situação esta estratégia é nefasta, porque a utilização da força implica que haja sempre alguém que perca. Geram-se sentimentos de vingança e ressentimentos e nunca se chega a uma situação criativa do problema. As pessoas envolvidas no conflito não comunicam aberta e directamente e utilizam regras e leis para vencer

b) Estratégia PERDER-PERDER

Esta estratégia não satisfaz objectivamente nenhuma das partes envolvidas no conflito, simplesmente nenhuma delas dá a vitória à outra. Por exemplo, se duas pessoas insistem ir, cada uma, a um restaurante diferente, pode optar-se por um terceiro, não satisfazendo nenhuma delas.

Em geral, o argumento é: «Eu não ganho mas o outro também não». Este tipo de comportamento deve ser evitado pois implica que as partes envolventes estejam mais empenhadas a impedir que a outra parte ganhe do que, propriamente, que se encontre uma solução para o conflito.

c) Estratégia GANHAR-GANHAR

Esta estratégia utilizada na resolução do conflito implica: Que o conflito seja um problema que urge resolver e não, propriamente, uma batalha a ganhar. Que as partes envolvidas no conflito confrontem os pontos de vista e se disponibilizem para resolver as suas diferenças.

A resolução do problema exige que as pessoas se coloquem frente a frente, sejam frontais e comunguem da mesma necessidade de resolver o problema. Para isso, todas as pessoas implicadas devem expressar a sua opinião e sugerir alternativas e soluções para o problema.

De facto, a habilidade para resolver um conflito pressupõe as habilidades para comunicar. Deste modo, é possível encontrar a melhor solução possível entre as apresentadas e permite criar um clima de confiança, de compreensão e de respeito mútuo entre todos os implicados no conflito.

Torna-se então claro que esta estratégia é a mais eficaz, senão mesmo a mais saudável socialmente, porque implica o conceito de negociação e exige um grande investimento de tempo e reflexão por parte de todos. A questão é tratada em termos de «nós» e a solução deve surgir em benefício de todos.

Assiste agora à explicação do Prof. DeRose sobre como aprender a administrar conflitos:


O que se ganha com os conflitos?

Pensando numa perspectiva evolutiva, para sobreviver temos de nos adaptar às mudanças do meio. Esta adaptação só é possível através da nossa própria mudança, que é estimulada pelos conflitos e problemas que vão surgindo.

Como tal, numa relação o objectivo não é o de evitar completamente todo o tipo de conflitos, uma vez que um conflito não tem que ser necessariamente uma coisa negativa. Muito pelo contrário, a ocorrência de conflitos é normal em qualquer tipo de relação e, se geridos de forma eficaz, podem ter resultados positivos para os envolvidos e para a sua relação.

O conflito pode ajudar-te a:

– Fortalecer a relação (aumenta a confiança que temos em que podemos resolver eficazmente os nossos desentendimentos e que poderemos resolver conflitos futuros).

– Libertar a relação de mal-entendidos e ressentimentos.

– Perceber quais são os problemas que são importantes para resolver (conflitos motivam-nos para resolver os problemas).

– Conhecer a outra pessoa (o que é importante para ela, quais são os seus valores).

– Conhecer-te a ti próprio (normalmente discute-se mais sobre temas e aspectos que são importantes para nós e que têm valor, também discutimos mais com pessoas que são verdadeiramente importantes para nós).


E agora?

Se gostaste, partilha o artigo, visita o meu instagram (profcirilo) e vem visitar-me à minha escola para fazermos uma Aula Personal ou uma sessão de life coaching para Viveres Em Alta Performance com Qualidade de Vida.

See this content in the original post

Todos estes conceitos fazem parte de mais de 18 anos do meu lifestyle baseado nos conceitos e nas técnicas do DeROSE Method.

Toca a aplicar estes conceitos para fazer acontecer!

A alta performance é como uma semente. Quando a cultivas, ela desperta.

Algumas palmeiras crescem em três anos, outras em dez. Aquelas que não são nutridas, nunca crescem!

Um forte abraço,

PROF. CIRILO
DEROSE LIFE COACH

Ah, e não te esqueças

Agora é a melhor hora para começares a Viver Em Alta Performance. Aplica o que acabaste de ler e transforma a tua vida positivamente. É altura de passares para o próximo nível. Acredita em ti, não aceites desculpas e faz acontecer.

Complementa a leitura com estas recomendações:

- As 6 melhores atitudes para lidares com o stress

- Como combater as emoções negativas

Fontes de referência